segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O vento...



Altas horas, o sono vem, mas não quero dormir, procuro freneticamente algo na internet. Não sei o que é, mas me faz seguir apesar do peso das pálpebras. Esta ali, quase chegando. O vento bate minha janela, noite escura, vento gelado. Mais um gole, apenas um.
O que estou a esperar? O que estou a procurar? Quando penso nisso um vazio me vem atormentar. Um grande vazio, que me faz parar de pensar para que a dor cesse. Esqueço, evito, enlouqueço. Toda vez que fico novamente a pensar, logo passo a evitar. Nada sai do lugar, nada me faz lembrar, ou saber, mesmo assim, não quero esquecer.
Ainda não sei o que eu não quero esquecer. Da mesma forma que tento lembrar, algo me diz para parar. O vento, novamente o maldito vento. Meu companheiro de muitas noites, meu rival de muitos entardeceres. O que ele está tentando me dizer? Ou talvez é ele que quer me distrair. Não eu preciso saber. Mas este vazio, novamente me atormenta, é tão doloroso. Não quero mais, preciso encontrar, mas o que? O vento novamente bate a janela... Mais uma vez esqueço de continuar a pensar, de continuar a me atormentar, preciso preencher este vazio, e como é vazio... O vento...

(post antigo que embora escrito ainda não havia sido publicado

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