domingo, 22 de maio de 2011

Sobre torneiras e felicidade

Fico feliz quando as coisas se encaixam. Fico extremamente feliz quando as coisas dão certo para as pessoas que me rodeiam. Todos me conhecem pelo meu jeito turrão, pouco sensível e grosso. Mas poucos me conhecem por esta estranha e peculiar mania de felicidade Wi-Fi. Sim, a felicidade dos outros me contagia, de uma forma tão intensa, como se eu pudesse obter algum benefício desta situação.

Pois é, o fato é que, que quando fico sabendo que pessoas que eu magoei recentemente pelos motivos mais egoístas que possam existir estão felizes, fico tão feliz quanto as mesmas. Acredito que possa sentir mais felicidade que a própria beneficiada, talvez... mas o fato é esse, fico feliz por ti.

Sei, eu entendo, é irrisório, é incoerente, é doido mesmo, tão doido quanto uma torneira na parede externa de um apartamento no 17º andar. Porém é real, do mesmo modo que a torneira. E é verdadeiro, assim com e verdade que sai água desta torneira.


Não sei realmente qual é minha função nesta dimensão. Sei que tenho ou terei alguma. Esta pessoa ao qual recebi notícias de felicidade, foi a mesma que em alguma época em comum de nossas vidas, disse-me que Deus me protegeu até agora porque certamente tenho algo grande a acrescentar a esta existência, seja bom ou ruim. Sempre pensei que fosse de ruim, mas isto é um pensamento para outro post.

Talvez minha tarefa aqui nesta existência tenha a ver com isso, com a a felicidade das outras pessoas. E esta alegria que sinto em vê-las felizes, sem qualquer pretensão de beneficiar-me disto seja parte de algo maior, que ainda descobrirei. 

Não sei de que serve uma torneira na parede externa de um apartamento no 17º andar. Não consigo achar algum motivo suficientemente razoável para que ela esteja lá. Não consigo imaginar sequer uma situação que necessite de tal maluquice. 

Mas ela existe, e de algum modo terá alguma função algum dia. De uma maneira simplista, ela pode apenas existir lá, com a simples função de ser vista, para que de algum modo as pessoas que a viram, a sentiram, ou algum dia arriscaram-se a tomar água dela, acabaram analisando sua vida  e encontrando a felicidade em águas de outras torneiras.


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